Peças Art'Rios

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O QUE É CURRÍCULO, TEORIAS CURRICULARES E TIPOS DE CURRÍCULOS

O QUE É CURRÍCULO? TEORIAS CURRICULARES, TIPOS DE CURRÍCULO
O QUE É CURRÍCULO?
O currículo constituiu um dos fatores que maior influência possui na qualidade do ensino. Este aparente consenso esconde um equívoco. Não existe uma noção, mas várias noções de currículo, tantas quantas as perspectivas adotadas. O currículo continua a ser identificado, com o "plano de estudo". Currículo significa, neste caso, pouco mais do que o elenco e a sequência de matérias propostas para um dado ciclo de estudos, um nível de escolaridade ou um curso, cuja frequência e conclusão conduzem o aluno a graduar-se nesse ciclo, nível ou curso. "Em termos práticos, como escreve Ribeiro (1989), o plano curricular concretiza-se na atribuição de tempos letivos semanais a cada uma das disciplinas que o integram, de acordo com o seu peso relativo no conjunto dessas matérias e nos vários anos de escolaridade que tal plano pode contemplar". Este conceito de currículo, muito próximo do conceito de programa, como foi formulado por Bobbit (1922), evoluiu para um conceito mais amplo que privilegia o contexto escolar e todos os fatores que nele interferem. Procurando traduzir estas novas concepções Ribeiro (1989), propôs a seguinte definição mais operacional de currículo: "Plano estruturado de ensino-aprendizagem, incluindo objetivos ou resultados de aprendizagem a alcançar, matérias ou conteúdos a ensinar, processos ou experiências de aprendizagem a promover”
Mas o currículo não é apenas planificação, mas também a prática em que se estabelece o diálogo entre os agentes sociais, os técnicos, as famílias, os professores e os alunos. O currículo é determinado pelo contexto, e nele adquire diferentes sentidos conforme os diversos protagonistas.

TEORIAS CURRICULARES
As teorias curriculares diferenciam-se pela importância que atribuem a conceitos como aprendizagem, conhecimento, dimensão humana, cultura ou sociedade.

TEORIAS CURRICULARES NÃO-CRÍTICAS: Tem uma visão de pedagogia tradicional e tecnicista do currículo onde este deve ser neutro e seu foco está voltado em ter uma escola que funcione como uma fábrica. Além de seguir com essa referência essa teoria seguia princípios do Taylorismo (a escola funcionando como uma empresa privada e o trabalhador que precisa produzir e pouco respira) Fordismo (implantou o Taylorismo na fábrica e aprimorou a: intensificação, economia, produção, o Taylorismo aplicado nas escolas visa à padronização do processo pedagógico e os alunos são encarados como produtos de fábrica a escola transmite conhecimentos acumulados ao longo da história como verdade absoluta e os alunos devem se enquadra para poder atuar na sociedade esses conhecimentos são passados de ordenada numa seqüenciada lógica e psicológica e a avaliação é o meio de constatar se os alunos conseguiram atender a esses desejos. O professor é o centro desse processo deve ser respeitado com regras e disciplina rígida. Assim o aluno é um ser submisso preso ao aprender e fazer.

TEORIAS CURRICULARES CRÍTICAS: As primeiras críticas a pedagogia tradicional surge em meados dos anos 60 com os movimentos sociais e culturais que questiona a desigualdade que foi provocada no sistema de ensino, que não valorizava o ensino aprendizagem e sim um modelo pronto e ideológico de conhecimento a visão crítica quebra o saber capitalista como um código indecifrável, no qual só a elite burguesa tinha acesso e daí pra baixo apenas seguiam-se regras. Para esta visão o importante é entender o que o currículo faz, assim ele é uma ponte para docentes e alunos, que através de um código cultural podem examinar de forma renovada os acontecimentos do cotidiano. E justamente através da cultura que a escola transfere para os alunos de forma adequada as experiências humanas significativas, a cultura é vista como aquilo pelo que se luta e não o que se recebe. Autores como Freire, Saviani, Libâneo, Apple e Passeron, trabalham com essa teoria. A visão crítica argumenta que o currículo deve funcionar para seus alunos como instrumento de emancipação e libertação. Aqui o professor é o dominador desse processo pedagógico (que propõe uma interação entre conteúdo e uma realidade concreta, visando à transformação da sociedade) e é um mediador para a construção do saber do aluno.

TEORIAS CURRICULARES PÓS-CRÍTICA: Surge no século XXI direcionando suas bases para um currículo no qual se vincula conhecimento, identidade e poder com temas como gênero, raça, etnia, sexualidade, subjetividade, multiculturalismo, entre outros. O currículo aqui é uma linguagem de significados, imagens, falas que revelam histórias esquecidas, vozes silenciadas, códigos distintos.

TIPOS DE CURRÍCULO
CURRÍCULO FORMAL, OFICIAL, PRESCRITO, EXPLÍCITO: É tudo aquilo que é imposto pelo sistema de ensino, como as LDB, PCN, Proposta pedagógicas.

CURRÍCULO REAL, EM AÇÃO: O que será realizado em sala, ou seja, é o planejamento de aula que o professor faz e vai praticar em sala de aula. Muitas modificações nesse processo podem ocorrer. É o planejamento e ação.

CURRÍCULO OCULTO, NULO: São todas as manifestações em ambiente escolar. São as simbologias que formam o ambiente escolar. que não estão expressos em palavras ou não estão formalmente no papel.

OBS.:Texto retirado do blog http://vivendodepedagogia.blogspot.com/2011/05/o-que-e-curriculo-teorias-curriculares.html ou simplesmente denominado PEDAGOGIANDO.

Ótima contribuição das nossas colegas de profissão obrigada.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Roda de conversa

Faixa etária
4 e 5 anos

Conteúdo
Linguagem oral, leitura e escrita

Deficiência física
Flexibilizações: Espaço - Tempo

Objetivos
- Participar de situações de comunicação oral utilizando o vocabulário pertinente.
- Expor suas ideias com gradativa clareza e autonomia.
- Ouvir as ideias dos outros.
- Ampliar o vocabulário.

Conteúdo
Comunicação oral.

Tempo estimado
Dois meses.

Material necessário
Livros, revistas, imagens e outros materiais necessários ao desenvolvimento dos temas.

Desenvolvimento
1ª etapa
Organize a turma em roda de forma que todos possam se ver e ver você. Ponha uma música ou proponha uma brincadeira que leve à organização em círculo. Avise que todo dia haverá uma roda de conversa e que nela todos vão aprender várias coisas. Antes de iniciar o bate-papo, prepare os assuntos a propor: uma pergunta instigante, uma história conhecida, um problema que leve à criação de hipóteses, um assunto que demande opiniões etc. Dê preferência a temas familiares ou assuntos que estejam sendo trabalhados. A necessidade de mediar as situações de conversa diminui à medida que as crianças desenvolvem autonomia. Cuide de quem tem mais dificuldade de se fazer compreender. Traduza para ele o que entendeu que ele disse e peça que confirme a “tradução” feita por você para que o grupo compreenda o que de fato ele quis comunicar. Fique atento ainda aos que falam menos e aos que falam bastante, procurando garantir a oportunidade a todos em diferentes momentos. Ressalte o vocabulário usado e invista na ampliação dele. Lembre-se das situações sociais nas quais usamos a comunicação oral. Dessa forma você evita rodas sem sentido para o grupo.

Flexibilização de espaço
Organize a roda num local próximo da parede para que quem tem deficiência possa ficar apoiado e participar com as demais. Outra opção é, em alguns dias, organizar a roda em cadeiras. Isso faz com que a condição do cadeirante seja relevada e traz benefícios para todos com a diversidade.

Flexibilização de tempo
Se a criança for retraída e tiver mais dificuldade de se comunicar, convide-a a se colocar mais e dê um tempo maior para que se acostume com a situação.

2ª etapa
Formule algumas perguntas sobre aspectos relevantes que precisam ser considerados na hora da conversa: por que é importante fazer silêncio quando alguém fala? O que ocorre se isso não é observado? Precisamos cuidar do tom de voz? E se falamos muito baixinho? O que fazemos quando o amigo falou uma coisa que não entendemos?

3ª etapa
Leve para a roda materiais que favoreçam a conversa e a troca de opiniões, como reproduções de obras de arte, fotos ou outro material em quantidade suficiente para cada trio. Diga, então, que irão conversar em grupinhos para depois participarem da roda. Mostre as reproduções de obras de arte e proponha que falem sobre se gostam ou não, como acham que ela se chama, como o artista a produziu e outras ideias que podem surgir. Depois, é hora de mostrar a imagem aos demais e contar sobre a conversa que tiveram previamente. Passe pelos trios, observando e participando das conversas de forma que se instigue a comunicação entre os pequenos. Depois volte à roda com todos e faça a socialização.

Flexibilização de espaço
Organize a sala de modo que o cadeirante possa se locomover com facilidade ou, se for o caso, organize a dupla ou o trio de que fará parte no próprio local onde ele se senta.

4ª etapa
Em uma situação de pesquisa com funcionários da escola, por exemplo, divida as crianças de acordo com o que querem descobrir sobre determinado assunto. Ajude-os a transformar curiosidades em perguntas. Avise que terão de aprender a perguntar e sistematize com elas palavras que comumente usamos para elaborar uma pergunta: quem, como, quando, onde etc. Depois, todos socializam o que descobriram numa roda.

Flexibilização de espaço
Certifique-se de que o caminho a ser percorrido pelo cadeirante até o local de trabalho do entrevistado seja seguro e com rampas.

Avaliação
Fique atento às conversas das crianças nos diferentes momentos, enquanto brincam, tomam lanche etc. Observe os saberes que adquiriram relacionados a um fazer (falar, ouvir, esperar a vez, perguntar etc.) e se lançam mão da conversa para resolver conflitos para, assim, planejar as próximas rodas.

Fonte retirada do site: Nova Escola

domingo, 20 de março de 2011




Um pouco da decoração da minha salinha, demorei a postar mas enfim ta aí... rs..

Ensinar e aprender com os pequenos é gratificante, obrigada Deus!!!

sábado, 12 de março de 2011

BINGO: reconhecendo letras, trabalhando a coordenação motora fina e se divertindo.

Dados da Aula


O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Melhorar a coordenação motora fina;

• Reconhecer mais letras do seu nome;

• Reconhecer letras dos nomes dos colegas.

Duração das atividades

100 minutos - 2 aulas de 50 m Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Antes dessa atividade é importante que o professor/a trabalhe a primeira letra do nome das crianças. Esse primeiro momento pode ser feito de forma bem lúdica. Faça nas costas das crianças com fita crepe a primeira letra do nome delas. Coloque as crianças em duplas e peça que passem o dedinho sobre a letra de forma que o coleguinha sinta o movimento que é feito no contorno da letra que está em suas costas. Alterne as crianças para que ambas façam a atividade.

Estratégias e recursos da aula

Um dos objetivos do trabalho com as crianças de 4 anos é levá-las a diferenciar letras de números e desenho de escrita. Porém, esse trabalho em nossa opinião, precisa ser feito de modo significativo para as crianças. Em nossa prática buscamos alcançar tais objetivos por meio de atividades diferenciadas que não contemplam cópias, repetições e pontilhados pois tais atividades pouco contribuem para o desenvolvimento da criatividade da criança e para o prazer de aprender.



Por isso, a exploração da primeira letra do nome de cada um pode ser feita ainda de uma forma bem diferenciada.



1º Passo: No chão, você professor/a pode fazer com fita crepe, as letras iniciais do nome de cada criança, assim que elas chegarem na sala já terão o primeiro contato com as letras e caminharão sobre elas. Depois do primeiro contato coloque as crianças sentadas nas cadeirinhas e vá chamando uma a uma para encontrar e caminhar sobre "sua" letra fazendo o seu contorno.



2º Passo: Continuando ainda a exploração da primeira letra do nome, disponibilize para as crianças giz e convide-as a escreverem as letras que aprenderam no chão do pátio.



3º Passo: Depois desse trabalho inicial a introdução do alfabeto na sala pode ser feita por meio de um bingo de letras. Para esse bingo, faça o nome das crianças em tamanho grande e com letra vazada. As cartelas que as crianças receberão serão constituídas pelo nome delas.



2º Passo:

Selecione letras do alfabeto, observando as letras presentes na maioria dos nomes das crianças, e coloque numa caixa. Convide as crianças para jogar o bingo. Antes de começar o sorteio das letras explique às crianças como são as regras de um bingo: só poderão colorir a letra sorteada. A "cartela" de cada criança será composta pelo seu próprio nome escrito em letra vazada. O professor/a vai sorteando as letras que estão na caixa uma a uma e explorando o nome da letra ao mesmo tempo que caminha pela sala orientando as crianças. As crianças deverão colorir dentro da letra sorteada fazendo seu contorno.



Observe que nessa atividade é possibilitado à criança, reconhecer, nomear e "escrever" as letras do alfabeto de forma lúdica e prazerosa.



3º Passo:



Depois que todas as letras forem sorteadas, dê uma premiação simbólica para as crianças. Pode ser: um balão, uma língua de sogra ou um pirulito.

Recursos Complementares

Alfabeto móvel, objetos para premiação, fita crepe e giz.

Avaliação

O professor/a precisa observar se as crianças já reconhecem as letras do seu nome, as letras dos nomes dos colegas, se conseguem colorir dentro da letra sorteada fazendo os contornos corretos e se compreendem a instrução para esperarem a letra ser sorteada e só depois colorir.



Autor Núbia Silvia Guimaraes Paiva
Fonte: Blog Educar é Tudo. http://cantinhoinfantiltialane.blogspot.com/search/label/BINGO%3A%20reconhecendo%20letras

sexta-feira, 11 de março de 2011

Matéria sobre tarefinhas de cobrir as letrinhas

A tarefinha tradicional de cobrir as letrinhas pontilhadas ainda está em vigor, mesmo porque não podemos desconsiderar seus benefícios: desenvolvimento da coordenação motora (mãos), familiarização com o contorno e visual da letra e a compreensão do som da grafia.
No entanto, sabemos que não é suficiente ao aprendizado do ato de escrever. Se o educador deseja desenvolver a escrita do aluno, deverá recorrer para algo que desperte o interesse da criança em descobrir as possibilidades de grafia e leitura: brincadeiras, diversões, leitura de história, contar uma história, pedir que o aluno conte, etc. Atividades que vão muito além da tarefa de cobrir letrinhas ou colori-las. Essa última também é muito comum e não deve ser completamente descartada, pois também tem sua valia: identificação da letra. No entanto, a aula não deve ficar só nisso, já que não garante aprendizado e não alfabetiza.

A escrita é uma associação de letras e não de uma só e, portanto, ficar centrado nas atividades de cobrir e colorir as letrinhas, seria a mesma coisa do que querer interpretar um texto analisando suas palavras ou frases individualmente.
O professor pode chamar a atenção do aluno propondo a contagem do número de letras do nome dele, a fim de que a criança perceba que as palavras (nomes) são formadas com mais de uma letra, para que tenha sentido. Poderá ainda comparar as palavras “cadeira” e “caderno” e mostrar que começam com o mesmo caractere (“c”). Nesta última proposta, provavelmente o infante não saberá todas as letras, mas reconhecerá a grafia e o som da letra “c” nos vocábulos apresentados. O educador pode perguntar aos pequenos qual palavrinha mais que eles conhecem que começam assim, apenas para instigá-los à reflexão.
Se a criança aprende a refletir desde cedo a respeito do que lê e do que escreve, aprenderá muito mais fácil, pois o aprendizado depende mais do cognitivo do que do físico (motricidade).
Uma letra em um papel não tem significado algum para a criança, agora a instigação ao pensar, refletir, a levará a querer conquistar a sua aprendizagem, como se fosse um desafio a ser vencido, despertará curiosidade e interesse.

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SÓCIO-INTERACIONISMO

Na escola onde eu trabalho, a proposta política pedagógica é a do sócio-interacionismo, só que muitas vezes os professores não intendem muito bem essa nova proposta, uns por ainda se focarem mais na maneira como trabalhavam antes ou seja de forma tradicionalista, não vou entrar aqui na mérito da questão de qual proposta é melhor para o desenvolvimento ou a aprendizagem da criança, se é a linha de Piaget ou a de Vygotsky, mas a proposta desse texto é tão somente informar aos que tenham interesse em conhecer melhor essa proposta pedagógica ou seja, a do sócio-interacionismo e também como encontram as atividades para repassar aos seus alunos posteriormente porque as atividades tem que ter uma conexão também com essa proposta, tem que fazer parte do universo da criança, interagindo com o seu meio, fazendo integração com o que ela vivencia a cada dia, não somente aquelas atividades sem objetivo final, no fazer por fazer, tanto planos de aula, quanto atividades tem que seguir a mesma linha, tem que fazer sentido para a criança e isso só se consegui interagindo-se com o meio em que a criança vive, por isso o primeiro passo é diagnosticar sua sala de aula, as culturas diferentes existentes nela, e em qual nível de conhecimento encontra-se cada aluno, para depois verificar qual a melhor atividade poderá ser passada para aumentar os conhecimentos dos alunos e expandi-lós.

O Sócio-interacionismo, segui a linha de Lev Vygotsky e sua tão falada Zona de Desenvolvimento Proximal, mas o que venha a ser isso:

Os estudos de Lev Vygotsky (1896-1934) postulam uma dialética das interações com o outro e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento sócio-cognitivo. Para Vygotsky e seus colaboradores, o desenvolvimento é impulsionado pela linguagem. Eles acreditam que a estrutura dos estágios descrita por Piaget seja correta, porém diferem na concepção de sua dinâmica evolutiva. Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprendizagem que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores.

Zona de desenvolvimento proximal

Um ponto central da teoria de Vygotsky é o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que afirma que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial. Em outras palavras, a ZDP é a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade de aprender. Seria neste campo que a educação atuaria, estimulando a aquisição do potencial, partindo do conhecimento da ZDP do aprendiz, para assim intervir. O conhecimento potencial, ao ser alcançado, passa a ser o conhecimento real e a ZDP redefinida a partir do que seria o novo potencial.

Interacionismo e desenvolvimento

Nessa concepção, as interações têm um papel crucial e determinante. Para definir o conhecimento real, Vygotsky sugere que se avalie o que o sujeito é capaz de fazer sozinho, e o potencial aquilo que ele consegue fazer com ajuda de outro sujeito. Assim, determina-se a ZDP e o nível de riqueza e diversidade das interações determinará o potencial atingido. Quanto mais ricas as interações, maior e mais sofisticado será o desenvolvimento.

No campo da educação a interação, que é um dos conceitos fundamentais da teoria de Vygotsky, encaixa-se na concepção de escola que se pretende efetivar no sistema brasileiro de ensino. E neste caso, o professor e o aluno passam a ter um papel essencial no processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma é possível desenvolver tanto os conceitos de ZDP quanto a relação existente entre pensamento, linguagem e intervenção no âmbito da escola, possibilitando assim um maior nível de aprendizagem.

Ou seja, em poucas palavras Vygotksky, afirma que o sujeito, ou os alunos aprendem com a interação entre o meio em que vivem sua cultura e o outro, o outro para Vygotsky quer dizer tudo aquilo que não for ele mesmo, ou seja o outro pode significar outras pessoas, ambientes, enfim, tudo aquilo que não for a pessoa mesmo é o outro para ele, e é dessa integração que surge o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social da criança, o professor por sua vez passa de mestre "supremo" a tão somente mediador desse conhecimento, é papel dele ajudar as crianças no seu desenvolvimento, buscando para isso sempre a zona de desenvolvimento proximal, caminhando degrau a degrau para que o aluno atinja a zona de desenvolvimento potencial ou seja, para que o aluno internalize seus conhecimentos, para que isso ocorra é importante buscar atividades que tenham objetivos claros e que façam parte de sua realidade cultural para que possa fazer sentido para as crianças, e é através dessa troca de conhecimento que vai resultar num desenvolvimento das estruturas mentais superiores, espero de alguma forma ter ajudado aos meus colegas de profissão, visto que também estou começando se alguém tiver alguma coisa para acrescentar ou discordar, estou aberta a críticas desde que sejam contrutivas e objetivas.

Parte do texto foi tirada da net da página da Wikipédia, sobre sócio-interaciosnismo, quem quiser saber mais também é só acessar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teorias_da_aprendizagem

Obs.: "O que é o desenvolvimento proximal hoje será o desenvolvimento real de amanhã - ou seja, aquilo que a criança é capaz de fazer com assistência hoje, ela será capaz de fazer sozinha amanhã" (VIGOTKSY, 1994 p. 43)

Obrigada. Bjs. Lorena.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

RECICLANDO GIZ DE CERA!







Vamos reciclar giz de cera?
Sabem aqueles pedacinho de giz que criança nenhuma quer aproveitar?
Pois bem, então vamos juntar tudo colocar no forno, derreter e fazer giz de cera colorido!
Legal não é?

Como fazer? Simples:
Coloque os giz de cera numa assadeira e leve ao forno brando até derreter, após derreter espere esfriar e desenforme.
Corte da menira que preferir.
Se tiver formas de biscoitos como florzinha e bichinhos ainda melhor, as crianças vão adorar e o material que
seria jogado fora será disputado nas aulas de pintura.
Você pode tambem utilizar a forma de silicone.
Vou fazer em casa!
Faça você também!

P.S.: Dica tirada do blog: Meus trabalhos pedagógicos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Oração dos Educadores!

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar.

Dai-me esta graça que vem do amor.

Mas, antes do ensinar, Senhor.

Dai-me o dom de aprender.

Aprender a ensinar.

Aprender o amor de ensinar.

Que o meu ensinar seja simples,

humano e alegre, como o Amor de aprender sempre.

Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.

Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe.

Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.

Que meus conhecimentos não produzam orgulho,

mas cresçam e se abasteçam da humildade.

Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,

mas animem as faces de quem procura a Luz.

Que a minha voz nunca assuste, mas seja a pregação da esperança.

Que eu aprenda que quem não me entendeprecisa ainda mais de mim.

E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.

Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender

para que eu possa trazer o novo, a esperança.

E não ser um perpetuador das desilusões.

Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender.

Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do Amor.

AMÉM!!!

Obs.: Oração tirada do blog mabilee.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sugestões de Atividades com crianças de 3 a 6 anos.

Algumas atividades que podem ser feitas, que contribuem muito para o desenvolvimento cognitivo da criança, trabalhando sua motricidade fina e ampla, sua ludicidade e também suas noções de lateralidade e coordenação motora.

- Jogos de memória

- Recorte e colagem (papel picado, grãos, contas).

- Rasgar papéis com as mãos.

- Amassar os papéis picados.

- Confecção de colares.

- Pintura a sopro, a dedo e/ou a pincel.

- Massinhas de modelar.

- Argila

- Brincar de faz-de-conta.

- Mímicas: rir, chorar, dar gargalhadas, fazer caretas, piscar.

- Dançar.

- Correr com e sem apoio.

- Equilibrar-se num pé só.

- Reconhecer e nomear partes do seu corpo e dos outros.

- Brincar com água, terra, argila,areia, barro.

- Reconhecer os sabores, doce, salgado, amargo, azedo.

- Reconhecer as temperaturas: frio, quente, gelado.

- Participar de brincadeiras rimadas e ritmadas, cantigas de roda, canções folclóricas.

- Dramatizar cenas familiares e histórias curtas e repetidas frequentemente.

- Observar e explorar o ambiente através do tato.

- Identificar formas: quadrado, círculo, triângulo, retângulo.

- Identificar cores.

- Representa, por meio de gestos, sem utilização de objetos,: o fechar portas, calçar sapatos, receber uma visita, cozinhar, lavar, etc.

- Rodinha para conversação.

- Andar imitando um trenzinho, transpondo obstáculos, passando por baixo de mesas eu formarão um túnel, circundar objetos.

- Morto-vivo (jogo)


- Andando, chegar a um ponto determinado na sala, equilibrando um objeto na mão, na cabeça, etc.

- Brincadeiras com bolas, petecas, balões, água, massa para desenvolver a percepção tridimensional, a percepção de distância e orientação espacial.

- Ajudá-la no desenvolvimento do vocabulário, encorajando-a na identificação das atividades realizadas nas tarefas diárias.

- Ensiná-la a identificar as roupas que usa e os diferentes passos no processo de vestir e despir.

- Confecção de bandinha rítmica, para propiciar o canto acompanhado de instrumentos musicais.

- Exercícios para desenvolver a lateralidade ( andar em linha reta; curva; zigue-zague, andar em pistas limitadas com fita, etc...)

- Desenho espontâneo com lápis de cera.

- Fazer como se pedalasse uma bicicleta: pernas duras e flexionadas.
- Utilizar fantoches, teatro de máscaras, teatro de sombra para apresentação (histórias) às crianças.

- Corrida de cavalinho: fazer uma fila com as crianças e colocar pequenos obstáculos como latinhas, saquinhos de areia, espalhados pela área em círculo. Ao sinal de um apito, palmas, as crianças saem correndo procurando saltar os saquinhos.

- Imitar o pulo do sapo, do macaquinho, do coelhinho, o peixinho nadando, a minhoca se arrastando e o som de animais conhecidos.

- Desenhar um caracol no chão, as crianças devem andar em cima da linha, no sentido de ir e voltar.

- Manipulação de material de sucata.

- Conversar com as crianças ao máximo, aproveitando todos os momentos, tendo como temas sua família, seus brinquedos, seus amigos, suas brincadeiras.

Obs.: Sugestões tiradas do blog www.mundinhodacriança.blogspot.com

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Fantoches passo a passo

PESSOAL, VAMOS APROVEITAR ESTA IDEIA PARA CRIAR FANTOCHES PARA TRABALHAR COM CONTO DE HISTORIAS COM OS NOSSOS ALUNOS, ELES IRÃO ADORAR.

Veja como fazer um fantoche de feltro ou eva. Este passo a passo encontrei no blog Contar e recontar. Confiram.

Material: 20cm de feltro ou EVA , 1 tesoura, 1 pistola de cola quente, retalhos de feltro ou EVA, e mais acessórios ( botões, fitas, cordões, olhos móveis,etc).



Corpo base
•Corte 2 vezes o molde acima em feltro (ou eva) para fazer o corpo base.
•Passe cola quente ou costure nas laterais, como mostra no tracejado do desenho, deixando as extremidades livres para o acesso da mão e dos dedos.



•Se quiser cole ou costure a roupa outros detalhes.
•Se estiver fazendo um animal cole o rabo ou manchas.



A cabeça
•Corte 2 vezes o molde da cabeça em feltro (ou eva) na cor do seu fantoche.
•Cole a parte de trás da cabeça na parte de trás do corpo base já pronto.
•Passe cola quente, como mostra no tracejado do desenho, para colar a outra parte da cabeça.





Receita de Tinta Caseira para Crianças.

Encontrei essa receita no blog Fazendo Arte com Quiane que é uma ótima sugestão para usar em casa ou na sala de aula e deixar as crianças se divertirem pintando com os dedos em vez de usar pincéis.

Material: 1 litro de água; 1 xícara de chá de farinha de trigo ou amido de milho; 3 colheres de sopa de vinagre; anilina ou guache (diversas cores).

Preparo:

1 – Misture bem a farinha e a água e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, até conseguir um mingau uniforme, não muito grosso.
2 – Deixe esfriar e junte o vinagre.
3 – Divida a massa em vidros, tipo de maionese, e acrescente a anilina ou o guache (uma cor em cada vidro).
4 – Conserva-se bem por aproximadamente 1 mês se mantido bem fechado.
5 – Para usar, distribua entre as crianças pedaços de cartolina.
6 – Retire a tinta do pote com uma colher e deixe-as desenhar com as mãos.
7 – Coloque os trabalhos para secar à sombra.

Ser Educadora Infantil!!

Não sei o nome do autor deste texto, mas achei muito bonito e gostaria de compartilhar, eu o denominei de "Educadora", mas nem sei se é realmente esse o título, apenas achei o texto num blog sem o nome do autor e título e vou postar agora.. Espero que gostem.. Bjs!!

"Educadora"

Quando digo que sou Educadora de Infância, em geral, respondem com um "Ah" tão insípido, que gostaria de dizer:

- Em que outra profissão poderias pôr laços no cabelo, fazer penteados inovadores e ver um desfile de moda todas as manhãs?

- Onde te diriam todos os dias "És linda!"

- Em que outro trabalho te abraçariam para te dizer o quanto te querem bem!

- Onde serias tão importante que poderias chegar à estrela do desfile...para lhe limpar o nariz?

- Em que outro lugar te esquecerias das tuas tristezas...para atender a tanto joelho esfolado e coração afligido?

- Em que outro lugar recebias mais flores?

- Onde mais poderias iniciar na escrita uma mãozinha, que, quem sabe, um dia poderá escrever um livro?

- Em que outro trabalho te fariam um retrato grátis?

- Em que outro lugar tuas palavras causariam tanta admiração?

- Onde poderias assistir, na 1.ª fila, à execução de grandes obras de arte?

- Onde poderias aprofundar conhecimentos sobre bichos da seda, caracóis, formigas e borboletas?

- Em que outros trabalhos derramarias lágrimas por ter que terminar um ano de relações tão felizes?

- Sinto-me GRANDE trabalhando com pequenos!

Vamos fazer massinha de modelar?

Massinha de Modelar Caseira

Material

2 xícaras (cerca de 250 ml) de farinha de trigo;

1 xícara (cerca de 125 ml) de sal;

água suficiente para dar consistência de pão à massa (pouco mais do que 1 xícara);

2 colheres de sopa de óleo comestível. Se preferir, o óleo de amêndoa deixa um cheiro agradável nas mãos;

corante comestível de várias cores. Se optar por anilina, verifique se está escrito "comestível" na embalagem. É o mesmo tipo usado para enfeitar bolos. Outra opção é o coloral de origem vegetal ou pó de suco instantâneo.

1) Junte a farinha ao sal, obtendo uma mistura homogênea,

2) Adicione corante à água que será usada para dar consistência à massa,

3) Aos poucos, misture a água corada à mistura de farinha e sal, e vá misturando até obter um ponto de massa de pão,

4) Se você quiser obter uma cor mais forte, adicione mais corante à massa
,

5) Por fim, adicione aos poucos o óleo e misture bem a massa.

Dê uma atividade ao seu filho.

Textos do mestre da Pedagogia Paulo Freire!!

Em uma educação problematizadora, não se transfere, mas sim se compartilha experiências. Por mais que o sistema capitalista e neoliberal queira fazer da massa ‘massa-máquina’ não o somos! Somos homo-sapiens-sapiens e homo-faber, modificamos a natureza e nos modificamos junto com ela. Transferir é coisa de máquina, de processo industrial, não se aplica em sua plenitude a seres humanos.

A teoria antidialógica é característica das elites dominadoras. Para que o diálogo se tudo está tão bem , pensam as elites, se todos estão cumprindo perfeitamente suas funções sociais, nada mais justo que o diálogo não seja um recurso utilizável.

O ato de unir para a libertação é contrário à vontade da classe dominante, por isso torna-se tão difícil. Quer queiramos, quer não queiramos a elite tem um poder incrivelmente destruidor e utiliza esse poder contra quem não tem como se defender, pois lhes foram negados, por meio da alienação, até mesmo o pleno uso de suas consciências.

Manipulação é uma das características da teoria da ação anti-dialógica. Assim que se dividiu o processo produtivo entre os que pensam e os que executam a produção e que se estabeleceu que quem pensa é mais importante do que quem executa, desde desse momento lança-se mão da manipulação para a concretização dos interesses dos dominantes em detrimento dos interesses dos dominados.

A concepção bancária de educação é instrumento da opressão, pois: 1 – fortalece o sistema capitalista; 2- aliena os educandos; 3 – é utilizada pelas elites contra os dominados; 4 – impede o livre pensamento dos educandos; 5 – utiliza-se a educação como um modelo de cooptação ao neoliberalismo; 6- não se utiliza ações libertadoras da opressão vigente; 7 – ela é mais um Aparelho Ideológico do Sistema (não mais um Aparelho Ideológico do Estado, pois até nisso, o Estado é mínimo).

A contradição problematizadora e libertadora da educação se dá quando ela atende a uma ou outra classe da sociedade: se o objetivo de quem detém os meios de ensino-educação é alienar uma educação problematizadora e libertadora nunca irá acontecer, mas se, ao contrário, a educação é vista como uma ‘revolução a longo prazo’ aí sim ela se torna verdadeiramente problematizadora e verdadeiramente libertadora.

O homem como ser incluso, consciente de sua inclusão e o seu permanente movimento de busca do ser mais e não do ter mais (como prega o capitalismo). Isto é educação que vence a opressão! A pedagogia do oprimido é libertar-se a medida em que se torna consciente de sua opressão.

Nesse sentido podemos chegar, junto com Paulo Freire, a seguinte conclusão: ‘Ninguém educa ninguém , ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo’.

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FERIRE , Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de janeiro. Paz e Terra: 1987